Tarifas dos EUA ameaçam economia de Santa Catarina: entenda os impactos

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A adoção de tarifas de 50% sobre as importações dos Estados Unidos está prestes a causar um impacto significativo na economia brasileira, especialmente no estado de Santa Catarina. De acordo com estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), SC será o quarto estado mais afetado financeiramente e experimentará a segunda maior queda no PIB, atrás apenas do Amazonas.


Em 2024, SC obteve 14,9% de seu faturamento em exportações para os EUA. Produtos como peças para veículos, madeira e derivados, além de máquinas e materiais elétricos, constituem a maior parte das vendas. O montante total de US$ 1,74 bilhão convertido em reais na cotação atual equivale a R$ 9,73 bilhões.


A dependência do mercado americano é particularmente sentida em SC, onde 99% das exportações são de origem industrial. A imposição das tarifas não só afeta diretamente empresas locais, como também ameaça a competitividade brasileira no exterior. Como destacou Ricardo Alban, presidente da CNI:


"A alta tarifária traz impactos significativos para a economia nacional, penalizando setores produtivos estratégicos e comprometendo a competitividade das exportações brasileiras."


Entre os estados mais afetados estão o Ceará (44,9% de exportações para os EUA), Espírito Santo (28,6%) e Paraíba (21,6%). Em SC, empresas de móveis e madeira já suspenderam a produção, enquanto outras buscam realocar rotas de exportação.


Enquanto isso, o governo brasileiro tenta negociar soluções, mas o cenário ainda é incerto. A reflexão fica por conta do paradoxo econômico: as tarifas impostas pelo maior parceiro comercial tornam-se uma arma de dois furos, prejudicando tanto exportadores quanto consumidores.

Fernanda Almeida

Fernanda Almeida

Enquanto os EUA impõem tarifas que afetam diretamente a economia brasileira, é interessante observar como as consequências econômicas se propagam com rapidez. Santa Catarina, com sua indústria forte e exportações variadas, está na linha de frente desse conflito comercial. Esperamos que soluções sejam encontradas para mitigar os impactos negativos.

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