A BR-116, conhecida como a rodovia da morte, mais uma vez coberta em seu próprio sangue. Na noite de sexta-feira (26), um trágico acidente envolvendo um carro e uma motocicleta tirou a vida de um jovem que seguia para Curitiba. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou o incidente na pista que liga Fazenda Rio Grande à capital paranaense.
Segundo relatos, um veículo Jetta colidiu na traseira da motocicleta, emplacando a vítima com tanta força que os minutos seguintes se transformaram num drama humano. Equipes de resgate trabalharam incansavelmente por cerca de 30 minutos para reanimar o motociclista, mas as feridas eram demasiado profundas. A vítima não resistiu e foi declarada morta no local.
Enquanto isso, o motorista do carro, que sofreu apenas lesões leves, teve seu próprio momento de julgamento. Acusado de apresentar sinais evidentes de embriaguez, recusou-se a fazer o teste do bafômetro. A atitude, além de desafiadora, é sintomática de um problema que transcende os limites da rodovia: a indiferença pelo risco que se impõe e impõe aos outros.
A pista teve que ser interditada durante a madrugada para que as investigações fossem realizadas. As causas do acidente, no entanto, ainda não estão claras. O que se sabe é que a morte de um motociclista na BR-116 não é algo isolado; é a continuação de uma triste estatística que assombra o país.
É nesses momentos que se faz necessário repensar nossas prioridades. Acelerar em busca de um destino, seja ele Curitiba ou qualquer outro lugar, jamais deve ser sinônimo de descaso pela vida alheia. O preço pago por essa negligência é alto demais para ser aceito.
