Trump anuncia tarifas recíprocas que reduzem impostos em países da Ásia

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Em um movimento que promete redefine o jogo das tarifas internacionais, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (2 de abril) uma nova política comercial batizada de 'Dia da Libertação'. A medida estabelece taxas alfandegárias recíprocas com base nas tarifas impostas por outros países sobre produtos fabricados nos EUA.


Seguindo o lema 'Ouve, Brasil...', Trump declarou que a nova estratégia visa incentivar a produção local e reduzir a dependência de produtos importados. Para isso, ele sugeriu que empresas fora dos Estados Unidos estabeleçam fábricas no país, garantindo que a produção interna esteja isenta de tarifas.


A aplicação das tarifas recíprocas afeta principalmente países com indústrias tecnológicas significativas. A Tailândia, por exemplo, enfrentará uma taxa de 36%, enquanto a Coreia do Sul terá que lidar com 25%. Japão e Malásia pagarão 24% cada, enquanto Vietnã e Índia, em ascensão como potências tecnológicas, serão taxados em 46% e 27%, respectivamente.


Apesar da ameaça inicial, Trump anunciou recentemente que a implementação das tarifas será adiada até o dia 1 de agosto, permitindo tempo para negociações adicionais. O ministério de investimentos da Malásia já saudou a redução das taxas, descrevendo-a como resultado de 'engajamento contínuo' com os EUA.


No entanto, não tudo são rosas. Dados recentes do Bureau of Labor Statistics indicam que o número de empregos na indústria americana continua a diminuir. Enquanto isso, o think tank Tax Foundation prevê que as novas tarifas arrecadarão mais de US$ 2 trilhões até 2034, mas reduzirão o PIB dos EUA em 0,8%. Por outro lado, o Laboratório de Orçamento da Universidade de Yale alerta para um aumento de 1,8% nos preços ao consumidor no curto prazo e uma contração econômica de 0,4% a longo prazo.


Enquanto isso, Trump continua confiante em seu plano, afirmando que os EUA estão 'entrando em uma nova era de ouro'. Só o tempo dirá se essas tarifas recíprocas realmente resultarão em um futuro brilhante ou se serão mais um exemplo daqueles negócios ruins que ele prometeu evitar.

Maria Oliveira

Maria Oliveira

Às vezes, a melhor defesa é uma boa ofensiva – ou pelo menos um bom marketing. Trump pode estar tentando vender a ideia de 'libertação econômica', mas o relatório do Tax Foundation sugere que o preço será pago não só pelos consumidores, mas também pela economia americana. Será que os EUA estão realmente prontos para assumir esse ônus? Só o tempo dirá.

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