Em um encontro marcado pelo swing do golf, o presidente Donald Trump e o primeiro-ministro Keir Starmer se reuniram no exclusivo campo de golfe de Turnberry, na Escócia. O local, propriedade da família de Trump, serve não apenas como pano de fundo para um jogo, mas também como palco para a diplomacia moderna.
Starmer, que não é um entusiasta do esporte, teve que se deslocar até o sudoeste da Escócia para cumprimentar Trump. A escolha de um local com dois campos de golf pertencentes ao presidente dos Estados Unidos sugere a influência que essas propriedades têm na agenda política internacional. Enquanto Trump vê seus campos como ferramentas para fortalecer relações bilaterais, Starmer parece estar investindo em uma estratégia de aproximação com o líder americano.
Os dois chefes de Estado discutiram temas variados, desde a guerra na Palestina até a crise na Ucrânia. Trump destacou recentemente que o Reino Unido é bem protegido porque 'ele gosta deles', demonstrando uma relação pessoal que transcende a política tradicional. Enquanto isso, Starmer buscou enfocar a necessidade de um cessar-fogo no Oriente Médio e pressionar Putin para negociar.
Enquanto isso, os olhos da opinião pública estão voltados para o comércio. Apesar de persistirem desacordos em alguns pontos, como as tarifas sobre aço britânico, os dois países anunciaram um quadro que reduzirá gradualmente as taxas alfandegárias. Trump, que sempre teceu críticas à balança comercial dos Estados Unidos, parece satisfeito com o superavit de US$ 11,4 bilhões registrado em 2024.
A visita de Trump à Escócia culminará com a inauguração de um novo campo de golf perto de Aberdeen. A cerimônia marca seu retorno ao Reino Unido para uma segunda visita estatal, algo inédito na história recente das relações bilaterais.
Enquanto os líderes se encontram no fairway, é impossível não pensar em como o esporte do golf virou uma ferramenta de estado. Talvez, afinal, a diplomacia moderna precise de um pouco mais de swing e menos de burocracia.
