A ONU está reunindo altos funcionários esta semana para promover a solução de dois estados para o conflito israelo-palestino, que visa colocar os povos lado a lado em nações independentes e em paz.
Israel e seu aliado próximo, os Estados Unidos, estão boicotando a reunião de dois dias, que começa nesta segunda-feira. O governo israelense de direita rejeita a solução de dois estados, e os EUA consideraram o encontro "contraproducente" para seus esforços para encerrar a guerra em Gaza.
A França e a Arábia Saudita querem que a reunião coloque um holofote na solução de dois estados, que veem como o único mapa viável para a paz, e comece a abordar os passos para chegar lá.
A ideia de dividir a Terra Santa remonta a décadas. Em 1947, um plano de divisão da ONU visou criar estados judaicos e árabes, mas o plano nunca foi implementado após a guerra entre Israel e seus vizinhos.
Hoje, com tensões aumentando no Oriente Médio, incluindo a guerra de 12 dias de Israel contra o Irã e a guerra em Gaza, a reunião da ONU busca relanzar um processo político que está ameaçado como nunca antes.
Franceses e sauditas querem que a reunião não apenas reflita, mas também apresente ações concretas. A França anunciou recentemente que reconhecerá oficialmente o estado da Palestina em setembro, tornando-se a maior potência ocidental a fazê-lo.
Enquanto isso, Israel, liderado por Benjamin Netanyahu, rejeita veementemente a solução de dois estados, alegando motivos nacionais e de segurança. Para Netanyahu e seu base religiosa e nacionalista, a Cisgala e Jerusalém Oriental são territórios sagrados que não podem ser negociados.
Os palestinas acusam Israel de minar iniciativas de paz com a construção de assentamentos e ameaças de anexação, desqualificando as perspectivas de um estado palestino independente contínuo.
A reunião da ONU pode servir como preparação para uma cúpula presidencial esperada em setembro, mas com os EUA e Israel ausentes, não há expectativa de quebras significativas no impasse.