A Violência no Campo: Um Relatório Assustador Sobre o Pará e a COP30

Imagem principal da notícia: A Violência no Campo: Um Relatório Assustador Sobre o Pará e a COP30

O Pará, que será o palco da COP30 em novembro, surge como um dos estados mais violentos do campo no Brasil. De acordo com o Atlas dos Conflitos no Campo Brasileiro, lançado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), os municípios paraenses ocupam sete das dez cidades com maior violência rural no país.


Dados assustadores: entre 1985 e 2023, foram registradas 2.011 mortes no campo brasileiro, sendo 612 delas no Pará (30,4% do total). A cidade de Marabá lidera o ranking com 548 conflitos, incluindo assassinatos, tentativas de homicídio e ameaças de morte. O estado também registrou 26 massacres, resultando em 125 vítimas.


A Amazônia Legal concentra a maioria dos conflitos agrários no país, com 21.608 registros. O número de ocorrências cresceu constantemente, indo de 193 em 1985 para 1.032 em 2023. A letalidade na região é alarmante: dois terços das mortes ocorrem na Amazônia.


Segundo o estudo, a economia basada em roubos e fraudes avança sobre a Amazônia, transformando a região em uma "zona de sacrifício" para manter a economia nacional. Fernando Michelotti, da UNIFESSPA, destaca que esse modelo desumanizante está longe de ser resolvido.

Carlos Souza

Carlos Souza

Enquanto o mundo olha para a COP30, o Pará vive uma realidade assustadora. A violência no campo não é apenas um problema local, mas um reflexo daprofunda desigualdade e ganância que definem nossa sociedade. É como se a terra tivesse virado um tabuleiro de guerra, onde os mais fracos sempre perdem.

Ver mais postagens do autor →
← Post anterior Próximo post →