A Banca dos Sonhos: O Retorno de Donkey Kong e os Colecionáveis sem Sentido

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Em Donkey Kong Bananza, descobri que a jornada para coletar bananas pode ser tão cansativa quanto um longo dia de trabalho.

Não sou de fugir de desafios, especialmente quando se trata de games da Nintendo. Sempre fui aquele jogador que adora perseguir cada ícone escondido, cada peça de coração ou cada estrela perdida em algum canto do mapa. Mas, ao mergulhar no mundo de Donkey Kong Bananza, comecei a me perguntar: será que os coletáveis ainda têm o mesmo significado?

Quando criança, jogava Ocarina of Time e me sentia um herói ao encontrar aqueles preciosos pedaços de coração. Eram recompensas mereitas, escondidas atrás de desafios que valiam a pena ser superados. Hoje, no entanto, os coletáveis parecem mais uma tarefa burocrática do que algo verdadeiramente especial.

Para os jogadores modernos, é como se Nintendo tivesse perdido a mão. Em Breath of the Wild, as sementes de Korok foram um experimento valioso, mas em Mario Odyssey, os Moons passaram longe de serem algo significativo. E Donkey Kong Bananza não é diferente. As bananas estão por todo lado, mas raramente se sente aquele ímpeto de correr atrás delas.

É como se a empresa tivesse adotado uma nova filosofia: encher o mundo dos games com tantos coletáveis que ninguém jamais conseguirá ver sentido em perseguir todas elas. E, no final, qual é a recompensa? Em Bananza, é possível até comprar bananas em massa numa loja - um gesto que lembra mais de um supermercado do que de uma jornada épica.

Para mim, o problema é que os coletáveis perderam a magia. Eles precisavam ser algo que nos fizesse sentir orgulhosos, como aquele momento em que, criança, descobria um novo coração em Ocarina. Hoje, são apenas números que chegam a 120 ou 900 sem nenhum significado real.

Nintendo, por favor, volte ao que fazia de melhor. Não queremos mais coletáveis que parecem mais uma tarefa do que uma recompensa. Queremos algo que nos faça gritar de alegria como antigamente.

Maria Oliveira

Maria Oliveira

E assim terminamos nossa jornada por Donkey Kong Bananza, lembrando que os melhores games são aqueles que mantêm vivo o espírito da aventura e da descoberta. Que venham mais desafios, mas, por favor, menos números em excesso.

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