Adam Sandler está de volta com um novo filme que promete misturar nostalgia e humor em dose dupla. Happy Gilmore 2 traz o personagem icônico dos anos 90 para um contexto atual, onde ele enfrenta desafios pessoais e profissionais, incluindo uma nova geração no mundo do golf.
O filme, dirigido por Kyle Newacheck, retoma a história de Happy Gilmore quase 30 anos após o primeiro longa. Desta vez, ele sai da aposentadoria para competir em um torneio que pode ajudar a pagar os estudos de balé da sua filha Sunny Sandler. Enquanto mantém o humor absurdo e visceral que marcou a franquia, Happy Gilmore 2 tenta inovar ao explorar temas como culpa, luto e amadurecimento.
Uma das escolhas mais polêmicas do filme é o repentino falecimento da personagem Virgínia (interpretada por Julie Bowen). Este tipo de sacrifício feminino, conhecido como 'fridging', já foi comum em filmes antigos mas hoje é recebido com mais ceticismo. Apesar disso, a morte de Virgínia serve de catalisador para um arco dramático em que Happy lida com culpa e vício em álcool enquanto tenta ser um pai solteiro.
Outro destaque é a dinâmica entre os personagens. Adam Sandler mantém o seu jeito explosivo de ser, misturando ironia e raiva. Enquanto isso, Shooter McGavin (interpretado por Christopher MacDonald) e Benny Safdie, no papel do vilão Frank Manatee, contribuem para um clima de tensão e humor negro.
A nostalgia é usada como armação principal no filme. Personagens icônicas como Hal L. (Ben Stiller) e o novo caddie Oscar (Bad Bunny) ajudam a manter o público envolvido, mesmo que algumas referências caibram com mais ou menos graça. As piadas de banheiro e os gags físicos, embora presentes em dose, podem cansar quem busca algo mais refinado.
Em suma, Happy Gilmore 2 é uma homenagem ao humor descontrolado de Adam Sandler, mas também tenta aprofundir o personagem. É um filme que consegue ser engraçado e comovente, sem fugir da essência da franquia. Para quem gosta de filmes nostálgicos e cheios de punchlines, é uma boa opção.