Em um dos moveis mais emblemáticos de sua gestão, Donald Trump fechou um acordo comercial com a União Europeia que cheira a humilhação. Convidando a presidente Ursula von der Leyen para seu luxuoso clube de golfe em Turnberry, na Escócia, Trump não apenas promoveu o local como também transformou a negociação em um espetáculo pessoal. Enquanto Von der Leyen se mantinha tensa e silenciosa durante a conferência de imprensa que precedeu as discussões, Trump monopolizou a atenção dos jornalistas, exibindo todo o seu charme deslumbrante – ou falta dele.
Para completar, Trump aproveitou para elogiar o curso de golfe como sendo o melhor do mundo, projetando uma imagem de vencedor inconteste. Ainda que Von der Leyen tenha tentado manter a compostura, era evidente que ela estava ali mais por obrigação do que por prazer. E os números não mentem: a União Europeia aceitou pagar 15% de tarifas sobre suas exportações para os Estados Unidos, um aumento significativo em comparação aos 1,2% médios anteriormente aplicados.
Em troca, o que a UE recebeu? Nada. Trump simplesmente evitou qualquer contrapartida substancial, transformando o acordo em uma verdadeira gangorra favorável aos Estados Unidos. Economistas como Véronique Riches-Flores já classificaram o negócio como o maior golpe da história, destacando a ausência de equilíbrio na negociação.
Para os brasileiros, fica a lição:有时候, o que parece uma vitória política pode ser, na realidade, uma derrota disfarçada. E Trump, com sua postura megalómanica, é um exemplo vivo de como o poder pessoal pode sometimes obscurecer a razão.
