Em meio a tensões internacionais, The Economist classifica as ações dos EUA contra o Brasil como uma das maiores interferências na América Latina desde a Guerra Fria. Recentemente, os Estados Unidos anunciaram tarifas de 50% sobre exportações brasileiras e suspenderam vistos para ministros do STF. Essa atitude, descrita como 'chocante' pela revista britânica, surge no contexto de divergências ideológicas entre Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva.
A reportagem destaca que a cúpula do Brics, sediada no Rio de Janeiro, parece ter sido o gatilho para essa escalada. Enquanto isso, o STF brasileiro impõe restrições a Jair Bolsonaro, incluindo a utilização de tornozeleira eletrônica e proibição de redes sociais. No entanto, as medidas de Trump parecem ter tido o efeito inverso: fortaleceram Lula junto à população brasileira.
De acordo com a revista, a aprovação do presidente brasileiro vem subindo, colocando-o na liderança entre os candidatos para as eleições de 2026. Além disso, o Congresso Nacional, historicamente associado à direita, se une em torno de Lula, considerando retaliações comerciais contra os EUA.
Outro ponto destacado é a irritação brasileira com as sanções ao Pix, um sistema de pagamentos que revolucionou o setor bancário no país. The Economist reconhece que algumas críticas americanas têm fundamento, mas sugere que a verdadeira motivação de Trump está em outros interesses, como minerais presentes no Brasil.