André Courrèges e a Revolução das Trapezês: Como uma Série de Looks mudou a Moda para Sempre

Imagem principal da notícia: André Courrèges e a Revolução das Trapezês: Como uma Série de Looks mudou a Moda para Sempre

Em um mundo onde a moda é frequentemente associada ao glamour e à superficialidade, raramente paramos para pensar em como pequenas revoluções na indústria da moda podem ter um impacto duradouro. Em 1965, André Courrèges fez algo que, na época, pareceu audacioso: ele libertou o corpo feminino de padrões rígidos, introduzindo robes trapezeiras que não só desafiavam as normas sociais como também abriam espaço para a mobilidade e a liberdade.


Para compreender a magnitude dessa mudança, é essencial recordar o contexto. Na Paris dos anos 1960, a moda era sinônimo de elegância clássica e tradição. Grandes nomes como Balenciaga dominavam o cenário, e suas criações eram marcadas por uma severidade que refletia valores conservadores da época.


André Courrèges, no entanto, teve a audácia de questionar esse status quo. Sua coleção para o verão de 1965 foi um marco: ele apresentou trinta e tantas robes trapezeiras, com linhas que valorizavam a anatomia feminina sem apertá-la, permitindo que as modelos se movessem livremente no palco. Esse desfile não foi apenas uma novidade técnica; foi um ato político, uma declaração de independência fashion que ecoou por décadas.


Agora, olhando para a moda atual, é inevitável perguntar: onde está aCourrèges? Em um mundo que idolatra o excesso e a superficialidade, será que ainda valorizamos a liberdade que ele tentou imprimir em cada costura?

Ana Paula Costa

Ana Paula Costa

Às vezes, as revoluções mais profundas não vêm de grandes gritos, mas de pequenos gestos que mudam o mundo para sempre. Como diria um observador atento: 'A moda é a história da humanidade escrita em tecido.'

Ver mais postagens do autor →
← Post anterior Próximo post →