Em pleno Festival Sesc de Inverno, em Petrópolis (RJ), uma obra de arte intitulada KilomboAldeya, do artista visual Matheus Ribs, foi retirada do local. A ação, realizada por agentes da Guarda Municipal, baseou-se na acusação de que a arte 'descaracterizava o patrimônio nacional'.
A obra, que serve como um convite à imaginação, destacando as origens indígenas e afro-brasileiras do Brasil, foi considerada por seu criador como uma tentativa de censura. 'KilomboAldeya não é apenas uma presença material: é uma ideia', declarou Matheus. 'Ideias não se apagam. Elas resistem e multiplicam-se.'
O Festival Sesc, que celebra a diversidade cultural com apresentações de dança, música, circo e arte visual, teve seu espaço aberto para discussões sobre o lugar da arte em nossa sociedade. Enquanto isso, Petrópolis, cidade histórica ligada ao imperialismo brasileiro, serve como um paradoxo: um local que busca preservar sua herança colonial, mas também é palco de tensões entre passado e presente.
Enquanto as autoridades se mantêm em silêncio, a arte continua a questionar. Em tempos onde a censura tenta moldar nossas percepções, a resistência cultural assume um papel ainda mais relevante.
O Desafio da Censura: Uma Arte que Resistiu


Há uma ironia sutil na tentativa de 'preservar' o patrimônio nacional ao remover algo que questiona justamente o que é ser brasileiro. A arte, afinal, nunca foi só sobre conservação...
Ver mais postagens do autor →