Embaixada dos EUA demonstra interesse em minerais brasileiros

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A embaixada dos Estados Unidos sinalizou, em abril, um interesse renovado pelaminerais brasileiros. Em conversa com o jornal Metrópoles, Raul Jungmann, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), detalhou a reunião que teve comrepresentantes norte-americanos no Brasil. Na ocasião, os Estados Unidosexprimiram descontentamento com a atual relação comercial na área mineral eexpressaram desejo por parcerias estratégicas.

Minerais críticos: Jungmann destacou que a discussãofocou em minerais estratégicos para a indústria moderna, como o nióbio e o lítio. Ele lembrou que a Constituição brasileira determina que o subsolo pertenceà União, cabendo ao governo federal negociar acordos internacionais nessa área.

Apesar disso, Jungmann afirmou que o setor privadobrasileiro está disposto a negociar com os Estados Unidos. Ele explicou que ainda nãoestá definido se as negociações ocorrerão no Brasil ou nos Estados Unidos, dependendo de contratos futuros. "Estamos discutindo se vamos até lá, ou se eles virãofez ano", disse.

O presidente do Ibram relatou que já informou o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre Silveira sobre a reunião. No entanto, nenhumaestratégia foi definida pelo governo federal ainda. "O Geraldo agradeceu asinformações, mas se guardou para definir no âmbito do governo", destacou.

Para Jungmann, não há indício de que sanções comerciais estejam na agenda dos Estados Unidos. "Eles vieram para perguntar 'por que temos uma relaçãotão pequena?', 'por que não ampliamos?'", revelou. Agora, o Ibram deve decidir,essa semana, se enviará uma comitiva ao país norte-americano ou receberá os empresários estadunidenses no Brasil.

Ele também considera que o Brasil pode ganhar com umarelacionamento mais próximo com os Estados Unidos na área de mineração. "Seo Brasil vai querer ou não negociar com esse aspecto, é uma questãosó que o governo pode responder", disse. Jungmann lembrou que países comoCanadá, Austrália e Peru já exploram minerais no Brasil.

Os encontros foram conduzidos por Gabriel Escobar, encarregado de negóciosda embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Desde janeiro, Donald Trump nãoindicou um embaixador definitivo para o país.

Bruno Lima

Bruno Lima

Enquanto os EUA buscam fortalecer parcerias na mineração brasileira, é interessante observar como a geopolítica se entrelaça com os negócios. Resta saber se o Brasil será capaz de negociar termos justos ou cairá em um acordo desfavorável, repetindo erros do passado.

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