Em meio a um cenário preocupante, o número de ataques contra pessoas LGBTQ+ e estabelecimentos na Alemanha vem aumentando significativamente.
Dados oficiais indicam que 12 dos 16 estados federativos do país registraram um aumento de 40% nos casos de violência anti-LGBTQ+ entre 2023 e 2025. No entanto, ativistas alertam que esses números representam apenas uma fração do problema real, já que muitas vítimas evitam denunciar os crimes por medo.
Em Berlim, um café LGBTQ-friendly intitulado 'Das Hoven' tornou-se alvo de repetidos incidentes violentos. O proprietário Danjel Zarte relatou 45 investigações criminais pendentes relacionadas ao estabelecimento nos últimos 18 meses, incluindo ataques verbais e físicos a clientes e funcionários, além de vandalismos como quebra de vidros e grafites com swastikas. Em um incidente particularmente assustador, uma pessoa armada permaneceu do lado de fora do café.
Essa escalada de violência não ocorre em vacío. Comente-se o surgimento crescente de movimentos ultradireitistas na Europa, incluindo a Alemanha, onde o partido Alternativa para a Alemanha ganhou terreno significativo nas eleições de fevereiro. Para Judith Porath, diretora executiva da associação que luta contra a violência de翼偏激ismo, a hostilidade contra LGBTQ+ serve como 'grito de guerra' para adeptos do extremismo de direita.
No contexto brasileiro, é impossível não traçar paralelos com nossa própria realidade. Enquanto o país luta para avançar na inclusão social, casos de violência contra LGBTQ+ ainda são alarmantes, e a necessidade de políticas mais robustas de proteção à diversidade se torna cada vez mais urgente.