Em um giro de eventos que parece saído de uma novela policial, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) teve sua vida virada do avesso recentemente. Condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Zambelli, que já havia fugido para a Itália em junho, foi finalmente presa nesta terça-feira (29).
Para quem acompanha os bastidores da política brasileira, a história de Zambelli não é nova. Sua lista de problemas legais inclui acusações graves como porte ilegal de armas e constrangimento ilegal. Em 2022, ela fez manchetes ao sacar uma arma em plena rua de São Paulo, apontando-a para um pedestre. O incidente, ocorrido nos Jardins, área nobre da cidade, repercutiu nas redes sociais e apenas confirmou o padrão de comportamento temerário que a acompanha há anos.
Mais do que isso, Zambelli é alvo de investigações profundas no STF. Ela está envolvida no 'Inquérito das Fake News', que apura a disseminação de notícias falsas e ataques a ministros do Supremo. Além disso, também é investigada no 'Inquérito das Milícias Digitais', que mira possíveis articulações golpistas após as eleições de 2022.
Para completar o quadro, Zambelli enfrenta problemas na Justiça Eleitoral. Condenada por uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder político nas eleições de 2022, ela teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e está inelegível por oito anos. Atualmente, o caso tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com recurso em andamento.
Enquanto isso, na Itália, as autoridades têm 48 horas para decidir sobre o futuro de Zambelli após a prisão. Sua fuga inicial e a posterior captura lembram mais uma vez aquele ditado popular: 'correr não é solução' — especialmente quando se está envolvido em um número tão grande de crimes.