Em um momento de tensões comerciais internacionais, o Tesouro Nacional brasileiro viu suas emissões serem afetadas. De acordo com Helano Borges Dias, coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, a imposição de tarifas pelos Estados Unidos reduziu o ritmo de emissões, apesar de um aumento recente que trouxe uma 'folga' momentânea.
Os números não mentem: em junho, a Dívida Pública Federal (DPF) cresceu 2,77%, alcançando R$ 7,88 trilhões. As emissões da DPF somaram R$ 177,09 bilhões, enquanto os resgates foram de R$ 17,91 bilhões. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) registrou emitidos R$ 68,37 bilhões em prefixados, R$ 62,50 bilhões em títulos remunerados por taxa flutuante e R$ 30,44 bilhões ligados a índices de preços.
As Instituições Financeiras são as principais detentoras da DPMFi, com 31,3% da participação, seguidas pela Previdência (23,1%) e pelos Fundos (22,1%). Enquanto isso, a curva de juros locais reage às incertezas da guerra comercial desencadeada por Trump, mantendo investidores em alerta.
Em meio a um cenário marcado por tensões globais e volatilidade, o Tesouro Nacional brasileiro segue lidando com os desafios de equilibrar as finanças públicas. Um lembrete da complexidade do jogo internacional e das consequências que podem afetar diretamente nossas economias.