Em um momento de intensificação da corrida tecnológica, a China anunciou, durante a Conferência Mundial de Inteligência Artificial em Xangai, seu plano para estabelecer uma organização que promova a cooperação global em IA. A iniciativa surge justamente após o governo dos Estados Unidos revelar um ambicioso projeto para garantir a hegemonia na tecnologia.
O primeiro-ministro da China, Li Qiang, destacou a necessidade de um consenso global sobre os riscos associados ao desenvolvimento da IA. Ao mesmo tempo, ele pareceu criticar as medidas dos EUA para conter o avanço chinês em tecnologia, ressaltando que a IA não deve se tornar um "jogo exclusivo" de poucos países e empresas.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, Donald Trump anunciou um plano de ação para promover a exportação da tecnologia de IA, descrevendo-a como uma prioridade nacional. O presidente americano busca posicionar os EUA como líderes na corrida tecnológica, destacando investimentos em infraestrutura e energia necessários para impulsionar o desenvolvimento da IA.
Li Qiang enfatizou que a China está disposta a compartilhar seu conhecimento e produtos de IA com outros países, especialmente os chamados "Países do Sul Global" – uma referência aos países em desenvolvimento, emergentes ou de baixa renda. Ele também alertou para os desafios atuais, como a oferta insuficiente de chips de IA e as restrições à circulação de talentos.
Enquanto a China busca estabelecer parcerias internacionais em IA, Trump promete reduzir o "viés ideológico" da tecnologia, destacando que os EUA querem que seus modelos de IA sejam usados globalmente. A Casa Branca planeja implementar 90 medidas nos próximos meses para fortalecer a posição dos Estados Unidos na corrida tecnológica.