O Rei dos Dragões também é um Rei do Negócio: Conheça o Império de George R.R. Martin em Santa Fe

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Quando se pensa em George R.R. Martin, é inevitável associar seu nome aos tronos de ferro e às batalhas sangrentas de A Guerra dos Tronos. No entanto, há muito tempo, o criador da saga mais famosa da fantasia moderna construiu outro tipo de império: um reino cultural e comercial em Santa Fe, no Novo México. Em vez de dragões e lobos Greyjoy, Martin ergueu cinemas, trens turísticos, livrarias e bares temáticos, transformando uma pequena cidade do sudoeste dos Estados Unidos em seu próprio Westeros real.


Situada no coração do deserto, Santa Fe é um oásis de arte, cultura e negócios inusitados. Desde que se mudou para lá há quase 50 anos, Martin não apenas escreveu livros best-sellers como também construiu uma rede de estabelecimentos que refletem sua paixão por histórias, filmes e arte. O Teatro Jean Cocteau, um cinema revitalizado, é apenas o começo. Ao lado dele está a Livraria Beastly Books, especializada em sci-fi e fantasias, e o Baía da Poppy Branca, um bar temático que combina elementos medievais com coquetéis exóticos.


Para completar, Martin comprou um antigo centro de bowling abandonado por apenas US$2,7 milhões e transformou o local em uma incubadora para artistas excêntricos. Foi lá que surgiu o Coletivo Meow Wolf, hoje um fenômeno nacional de arte imersiva. 'Eles são muito estranhos', lembra Martin, 'mas foi exatamente isso que me interessou.'


Não parou por aí. Em 2020, Martin ajudou a ressuscitar o Trenho do Sul de Santa Fe, um trem histórico que hoje oferece viagens temáticas entre Santa Fe e Lamy, com esquetes, música ao vivo e encontros imersivos. Até os vagões viraram estrelas pornôs em filmes como Oppenheimer.


Apesar de todo esse sucesso, não tudo é perfeito em Santa Fe. Alguns residentes se queixam do aumento da invasão de turistas e da especulação imobiliária, descontentes com o impacto da 'onda Martiniana' na cidade. Para muitos, no entanto, sua presença é sinônimo de revitalização cultural.


Enquanto isso, Martin continua a construir seu império, provando que a arte de criar mundos não se limita às páginas dos livros. Como ele mesmo disse: 'Eu só invisto e sou dono desses lugares, mas não os administro diariamente.'

Camila Fernandes

Camila Fernandes

George R.R. Martin pode ter abandonado Westeros em aberto, mas em Santa Fe, ele continua construindo seu próprio universo. E, para a sorte de todos nós, é um mundo muito mais real e acessível do que os tronos de ferro e as espadas brilhantes.

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