A Coca-Cola anunciou recentemente a substituição do xarope de milho pelo açúcar da cana na fórmula do refrigerante vendido nos Estados Unidos. Essa alteração, motivada pela pressão do presidente Donald Trump, que defende o uso de produtos agrícolas locais, reacendeu debates sobre os impactos à saúde dos ingredientes utilizados.
De acordo com especialistas consultados pelo Metrópoles, a mudança não traz ganhos significativos do ponto de vista nutricional. Ambos o xarope de milho e o açúcar da cana são fontes de açúcares simples, altamente calóricos e com pouco valor nutricional.
Apesar das diferenças na composição, a ingestão excessiva de ambos pode levar a problemas como obesidade, diabetes tipo 2 e distúrbios metabólicos. O médico ressalta que o risco está no consumo em excesso, especialmente de açúcares ultraprocessados encontrados em refrigerantes.
Um aspecto destacado é que a frutose presente em alimentos integrais, como frutas, vem acompanhada de fibras e nutrientes, enquanto a do xarope de milho pode sobrecarregar o fígado. No entanto, os especialistas concordam que o maior problema continua sendo o consumo de refrigerantes em si.
Enfim, parece que a Coca-Cola está tentando uma rebranding sem mudar substancialmente o risco à saúde. A verdadeira mudança seria reduzir o consumo de refrigerantes e optar por água ou bebidas mais saudáveis.