Comunidades alienígenas no fundo do mar: criaturas bizarras e a vida em condições extremas

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Em uma descoberta fascinante, pesquisadores chineses liderados por Xiaotong Peng, do Instituto de Ciência do Oceano Profundo da Academia de Ciências da China, encontraram comunidades de criaturas marinhas jamais vistas antes. Situadas no sul profundo do Pacífico Ocidental, essas criaturas habitam as trevas e os extremos da zona hadálica, região que começa a partir dos 20.000 pés (6.000 metros).

São tubarões de ferro, moluscos e criaturas brancas espinhentas que prosperam em um ambiente hostil, sem luz solar. Em vez disso, essas formas de vida extraída de energia a partir de reações químicas associadas à sulfide e ao metano emanados das falhas tectônicas.

A descoberta, publicada na revista Nature, revela que tal forma de vida - conhecida como metabolismo quimiosintético - pode ser mais comum do que se imaginava. Até hoje, essas comunidades eram raramente documentadas, especialmente em tais profundezas.

Mesmo diante de um ambiente hostil, onde a pressão é equivalente a 500 toneladas por metro quadrado e a escuridão total impera há bilhões de anos, essas criaturas não apenas existem, mas prosperam. Um testemunho da incrível adaptabilidade da vida e das maravilhas que ainda aguardam descoberta no leito do oceano.

Segundo os pesquisadores, a região explorada, situada nos sulcos Kuril-Kamchatka e Aleutianos, é地质amente ativa e repleta de fontes hidrotermais. Apesar das condições adversas, as comunidades ali encontradas estavam florescendo.

Essa descoberta não apenas expande nossos horizontes sobre a vida em ambientes extremos, mas também lança um olhar sobre a raridade da exploração do fundo do mar. Estima-se que menos de 0,001% do leito marinho profundo foi explorado por humanos.

Juliana Rocha

Juliana Rocha

Que tal um planeta Terra em miniatura, repleto de criaturas desafiando a própria definição de vida? As profundezas dos oceanos nunca deixaram de ser fascinantes - e assustadoras. Descobrir que tais comunidades existem é como encontrar uma nova página no livro da natureza. E, claro, um lembrete de que ainda há muito para explorar... ou talvez, nada mais novo do que a adaptabilidade da vida.

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