Contratação de ONG ligada ao tráfico em BH: uma vergonha na política

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A Prefeitura de Belo Horizonte, na gestão do prefeito Álvaro Damião (União Brasil), encontrou-se em um problema político e ético ao contratar uma ONG com ligações criminais para prestar serviços de creche a crianças.

Com um contrato no valor de R$ 2,6 milhões, a entidade, denominada Instituto Pedagógico Crescendo Juntos, teve seu presidente, Felipe Pereira Tomaino Ferreira, envolvido em um caso de tráfico de drogas. Condenado e atualmente recorrendo na Justiça, Felipe negou qualquer envolvimento com o crime, mas a evidência foi incontornável: 488 quilos de maconha e 2 quilos de crack encontrados em sua casa no momento da prisão.

É impressionante como a prefeitura pôde aprovar um contrato sem questionar o passado duvidoso desse instituto. Até quando nossas autoridades públicas vão permitir que o dinheiro público seja usado para fins duvidosos? A negligência em verificar a idoneidade de quem está recebendo recursos é, no mínimo, irresponsável.

Após a repercussão negativa, a prefeitura suspendeu o contrato e exigiu que a ONG apresentasse uma composição administrativa registrada em cartório. No entanto, o estrago já foi feito: a imagem da gestão de Álvaro Damião sofreu um golpe grave, mostrando como a corrupção e a má administração ainda estão presentes no Brasil.

Que lição podemos tirar disso? Que é fundamental questionar de onde vêm os serviços que governos contratam e quem está por trás dessas entidades. O dinheiro público não pode ser usado sem accountability, especialmente quando se trata de algo tão sensível quanto a educação das crianças.

Fernanda Almeida

Fernanda Almeida

Enquanto o dinheiro público é gasto em contratos duvidosos, o Brasil continua a lutar contra a corrupção e a má gestão. Que vergonha!

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