Em um dia fatídico de agosto de 2024, o voo 2283 da Voepass se preparava para aterrissar em Vinhedo, no interior de São Paulo. Mas o que ninguém imaginava era que aqueles minutos finais seriam marcados por uma calma perturbadora, um mistério que ancora as investigações sobre a tragédia.
Os áudios das conversas entre a tripulação e o controle de tráfego aéreo foram divulgados pelo G1. Eles mostram uma sequência de diálogos tranquilos, onde os pilotos não relataram nenhuma emergência, apesar da formação de gelo próxima ao horário do acidente. As falas seguem o padrão da comunicação aérea, com orientações sobre mudanças de frequência e confirmações rotineiras.
Um diálogo típico:
- Controlador: “Passaredo 2283, por gentileza, chame o controle de São Paulo na frequência 135,75 MHz”.
- Piloto: “135,75 vai chamar Passaredo 2283. Obrigado”.
Essa troca de mensagens continha a normalidade que precedeu a tragédia. Até que, 30 segundos após a última comunicação externa da tripulação, a aeronave colidiu com o chão, ceifando a vida de 62 pessoas.
É intrigante notar que, apesar do painel ter emitido alertas sobre perda de velocidade minutos antes do impacto, não houve menção a isso. A ausência de sinalização por parte dos pilotos lança um questionamento: o que realmente aconteceu naqueles minutos finais?
Essa história é um lembrete doloroso da fragilidade humana e das incertezas que rodeiam a tecnologia. Mesmo em situações aparentemente controladas, há fatores que escapam ao nosso comando.
