A COP30, marcada para novembro em Belém do Pará, enfrenta um desafio sério: a hospedagem. A Organização das Nações Unidas cobrou do governo brasileiro um plano concreto para garantir que delegações internacionais, especialmente de países pobres, tenham acomodações acessíveis.
Problemas e Pressões
Hotéis em Belém estão cobrindo preços até cinco vezes acima do permitido pela ONU, com diárias chegando a 700 dólares. Representantes de países africanos relataram que esses valores são incompatíveis com seus orçamentos, ameaçando sua participação na conferência.
Resposta do Governo
O Brasil, via Itamaraty e Ministério do Turismo, já mapeou 30.582 acomodações, superando a exigência mínima de 20.000. O plano inclui hotéis, navios-cruzeiro com capacidade para seis mil pessoas, residências adaptadas e alojamentos escolares. Delegações mais vulneráveis terão diárias entre 100 e 220 dólares.
Desafios Persistentes
Apesar das ações, o número total de leitos pode ainda ser insuficiente para os 45.000 participantes esperados, incluindo delegações, imprensa e sociedade civil. O presidente da COP30 reconheceu que os preços são "constrangedores" e defendeu mais transparência.
Contexto e Impactos
A escolha de Belém teve valor simbólico na luta climática, mas expõe fragilidades em infraestrutura e mobilidade. Denúncias de especulação imobiliária aumentam a preocupação de ONGs e coletivos sociais.
A COP30 será um marco global nas discussões sobre financiamento climático e justiça ambiental. A participação de países mais afetados pela crise climática é fundamental para o sucesso do evento.