CPB fecha após veto do governo: uma era de radiodifusão pública se encerra

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A era da radiodifusão pública no Estados Unidos está prestes a virar uma página definitiva. Em um movimento que parece saído de uma novela política, a Corporation for Public Broadcasting (CPB) anunciou que irá desligar suas operações após o governo dos Estados Unidos decidir considerar NPR e PBS como 'grift' – ou seja, algo que explora indevidamente os recursos públicos.

Uma decisão com consequências

A votação no Senado que eliminou todo o orçamento da CPB foi um golpe fatal para uma instituição que durou mais de 50 anos. Com um corte de $1,1 bilhão, a CPB está agora obrigada a fechar suas portas até janeiro de 2026. Patricia Harrison, presidente e CEO da CPB, descreveu a situação como 'uma realidade dolorosa' para milhões de americanos que lutaram para manter o financiamento federal.

Os impactos na sociedade

A notícia não é só um problema para os amantes da radiodifusão pública. Para muitos, NPR e PBS são fontes essenciais de jornalismo independente, programação educacional e cultural. Com a CPB fechando, o legado de seis décadas de serviço público está ameaçado. As doações espontâneas, que alcançaram aproximadamente $20 milhões, foram insuficientes para compensar os cortes.

Uma batalha ideológica

A decisão de desfazer a CPB faz parte de um padrão de ataque contra meios de comunicação que sejam 'anticonservadores' – uma visão do mundo que, para muitos críticos, ameaça a diversidade da imprensa e o próprio pluralismo democrático. Até mesmo a nomeação de um 'monitor de viés' pela FCC, para vigiar os programas da CBS, sugere que a guerra contra a imprensa está longe de terminar.

Despedida de uma era

A CPB não foi apenas um órgão de financiamento; ela representou uma ideologia – a de que a informação pública é essencial para uma sociedade informada. Com seu fim, milhões de americanos perderão não só programas educativos e culturais, mas também um elo fundamental da democracia: o acesso à notícia independente.

Maria Oliveira

Maria Oliveira

Enquanto assistimos à morte lenta da radiodifusão pública, é impossível não se perguntar qual será o preço que pagaremos por esta perda. A era da 'griff' talvez tenha chegado ao fim, mas a verdadeira questão é: quem sai perdendo?

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