Recentemente, a Delta Airlines virou notícia após um alinhamento de críticas sobre seu sistema de precificação baseado em Inteligência Artificial (IA). Enquanto muitos acusavam a empresa de explorar dados pessoais para inflacionar preços, a companhia decidiu esclarecer o funcionamento do sistema, desmentindo as acusações e defendendo sua metodologia.
A polêmica começou após Glen Hauenstein, presidente da Delta, mencionar durante uma teleconferência de resultados que a IA estava sendo usada para impulsionar receitas. Hoje, 3% das vendas domésticas são feitas com base nessa tecnologia, e a empresa planeja expandir esse modelo para 20% dos bilhetes até o final do ano.
No entanto, consumidores e legisladores expressaram preocupações sobre preços personalizados e eventual discriminação. Em uma carta pública, a Delta garantiu que não usa dados pessoais sensíveis para determinar preços e que o sistema de IA opera com base em critérios gerais, como origem, destino, data de compra e características do voo.
A empresa admitiu que a IA pode resultar em preços mais altos ou mais baixos, dependendo das condições do mercado. Entre os fatores considerados estão:
- Demanda por assentos
- Dados de compras agregados
- Ofertas concorrenciais
- Performace de rotas
- Custo operacional, incluindo combustível
Ainda assim, a Delta ressaltou que jamais permitirá preços discriminatórios. Todos os passageiros têm acesso aos mesmos preços e promoções baseados em critérios objetivos. A empresa também destacou que não exige login ou informações pessoais para pesquisa de passagens.
Enquanto isso, a polêmica serve como lembrete da necessidade de transparência em um mundo cada vez mais tecnológico. Para os críticos, a Delta foi uma das primeiras a admitir o uso de IA na precificação, mas suas explicações iniciais foram vagas, gerando confusão e desconfiança.
"A tecnologia é maravilhosa, mas como diria um sábio, ela também pode ser uma aliada ou um inimigo dependendo de quem está no volante."