Em um movimento que promete ecoar pelos corredores do Parlamento brasileiro, o deputado Antônio Carlos Rodrigues foi expulso do PL após defender públicamente o ministro Alexandre de Moraes.
Esta não é apenas a queda de um político tradicional; trata-se de uma revelação das entrelaçadas teias que conectam os altos escalões da política brasileira. Rodrigues, que já ocupou cargos como ministro dos Transportes no governo Dilma Rousseff, sempre manteve proximidade com Moraes desde os tempos em que o magistrado desempenhou funções no Poder Executivo paulista.
Curiosamente, a expulsão do PL ocorreu após uma entrevista onde Rodrigues defendeu Moraes e criticou duramente Donald Trump, comparando as ações do presidente dos Estados Unidos à 'decisão de criança'. A ironia não fugiu ao noticiário: enquanto Trump imponía sanciones a Moraes, Rodrigues se solidarizava com o ministro brasileiro.
Longe de ser um episódio isolado, a história de Rodrigues reflete um padrão de alianças e desalianças na política brasileira. Seu expurgo do PL também o distancia da 'bancada bolsonarista', com a qual ele já havia se distanciado ao criticar projetos como a anistia defendida por esses parlamentares.
Para muitos, Rodrigues parece ter caído em um caminho de autodestruição. Seu passado inclui acusações sérias, como suspeita de corrupção e extorsão, além de ter tido uma ordem de prisão em 2017 que jamais foi cumprida. Agora, sem partido e com perspectivas incertas, o deputado parece estar navegando em águas turbulentas da política brasileira.