Em meio a uma tensão geopolítica crescente, o Brasil se vê no centro de um projeto de lei dos Estados Unidos que pode impor tarifas adicionais de 500% sobre produtos brasileiros. A proposta, conhecida como 'Sanções à Rússia de 2025', está sendo discutida no Senado Americano e promete causar impactos significativos na economia do país.
O texto prevê a imposição de taxas secundárias a nações que mantêm relações comerciais com a Rússia, especialmente no setor de petróleo e gás. Para o Brasil, que foi o segundo maior importador de diesel russo em 2024, com um volume superior a R$ 38 bilhões, a medida pode ser particularmente dolorosa.
A lei, apoiada tanto por republicanos quanto por democratas, visa pressionar a Rússia para que feche um acordo de paz com a Ucrânia. Se aprovada, o presidente dos EUA terá 15 dias para assinar a determinação, e a tarifa entrará em vigor após 90 dias. Além disso, as taxas serão acumuladas com quaisquer tarifas antidumping ou compensatórias já aplicáveis.
Com o Brasil importando 30% de seus fertilizantes da Rússia, a nova medida pode afetar diretamente os setores agrícolas e petroquímicos. A situação ganha ainda mais复杂idade com a recente visita do presidente Lula à Rússia, onde participou de um jantar ao lado de Vladimir Putin, marcando os 80 anos do Dia da Vitória.
Enquanto o projeto é apresentado como uma ferramenta para isolar economicamente a Rússia, os efeitos colaterais no Brasil e em outros países parceiros comerciais de Moscou não podem ser ignorados. A economia brasileira, já fragilizada, pode enfrentar um novo desafio significativo se as tarifas forem implementadas.