Quando eu era criança, a febre do Pokémon era irresistível. Assistia ansiosamente àqueles episódios no Tooncast, colecionava cards sem entender o jogo e sonhava em um dia ter meu próprio Pokémon Blue. Lembro-me ainda da emoção de ouvir os amigos falarem do lançamento do Gen 2, mas, para mim, aquele era apenas o começo.
Mesmo sem perceber, me tornei um adepto daquele mundo de batalhas e evoluções. Até que surgiu o Digimon. Na época, pensei que fosse mais uma cópia barata do sucesso dos pokémon. Ri das animações, desprezei os cartões e ignorei os jogos, acreditando que aquele universo não tinha nada que me interessasse.
Passaram-se anos, e um dia, cansado da monotonia de sempre ver o Pokémon Scarlet and Violet, dei uma chance ao Digimon Story: Cyber Sleuth – Hacker’s Memory. E foi lá que me deparei com algo surpreendente. Enquanto os pokémons se contentavam com fórmulas batidas, o Digimon havia evoluído.
Para quem nunca viu um Digimon, prepare-se: a série não é apenas sobre batalhas de monstros. Ela constrói um mundo onde humanos e criaturas digitais coexistem, com regras consistentes e uma narrativa que leva a reflexão. Se o trailer do próximo jogo, Digimon Story: Time Stranger, promete mergulhar fundo nesse universo, é porque ele merece.
Enquanto isso, os pokémons continuam no seu caminho, prometendo a mesma fórmula de sempre. Para mim, que já experimentei o gosto da evolução, é difícil voltar. Agora, sou um adepto do Digimon, aquele que roubou meu coração e me fez repensar tudo aquilo em que曾經believei.