As estradas brasileiras, tidas como marco do desenvolvimento, escondem um drama silencioso. Para o educador indígena Daniel Munduruku, elas representam uma nova forma de colonização.
Em entrevista ao Metrópoles, ele alertou que a construção de rodovias em territórios indígenas facilita a invasão de estrangeiros, trazendo doenças e costumes prejudiciais. Além disso, promove um domínio cultural e educacional, transformando as comunidades indígenas em dependentes.
Historicamente ligado à ditadura militar, o projeto de construção de estradas teve consequências terríveis: a morte de milhares de indígenas. Hoje, o trânsito nas estradas modernas continua a causar vítimas, com um aumento preocupante no número de óbitos entre povos indígenas.
Das estradas antigas às atuais, o impacto na população indígena é visível. Enquanto os governantes celebram a infraestrutura, as comunidades pagam um preço alto: a perda de vidas e a violação de seu território.
É hora de repensar o que verdadeiramente desenvolve o país sem esquecer aqueles que já foram tão prejudicados por nosso 'progresso'.
