A política brasileira nunca foi tão cheia de reviravoltas quanto nestes últimos anos. E o ex-presidente Jair Bolsonaro parece estar preparando a sua última cartada para evitar ser julgado pelo ministro Alexandre de Moraes no STF (Supremo Tribunal Federal). Em entrevista ao Metrópoles, Flávio Bolsonaro, filho do presidente, revelou que a bancada aliada no Congresso está planejando uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que alteraria a prerrogativa de foro privilegiado para parlamentares e ex-presidentes.
Uma jogada arriscada
Segundo Flávio, a ideia é mudar o entendimento jurisprudencial atual, que determina que os processos de figuras públicas, após o fim do mandato, devem ser julgados em primeira instância. A PEC pretenderia manter Bolsonaro no STF, evitando assim um possível julgamento na Justiça comum.
Crítica ao 'casuísmo'
O senador não escondeu o seu descontentamento com o que chama de "casuísmo" por parte do STF. Para ele, a mudança no entendimento da Corte para manter Bolsonaro no Supremo é injusta e beneficiária exclusiva. "Isso não passa de uma inversão de valores", declarou.
Consequências políticas
Enquanto isso, o Brasil assiste a mais um capítulo da novela que envolve Bolsonaro, Moraes e os aliados no Congresso. A proposta, se aprovada, terá consequências significativas para a Justiça brasileira, abrindo precedentes que podem afetar não apenas Bolsonaro, mas outros políticos no futuro.
Uma reflexão final
A tentativa de alterar as regras do jogo para proteger um político em particular é sintomática de um problema estrutural na nossa democracia. Será que estamos no caminho certo? Ou será que a Justiça brasileira está se tornando cada vez mais uma ferramenta de interesses políticos?