Em meio a uma crise institucional sem precedentes, o senador Marcos Rogério (PL-RO), presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, anunciou o adiamento por tempo indeterminado das sabatinas dos indicados para cargos em agências reguladoras. A decisão foi justificada pelo 'clima político' e pela 'crise institucional' gerada pela prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Um impasse que dura anos
Desde o final de 2024, o presidente Lula vem enviando nomes para ocupar vagas em órgãos como a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a Anvisa e a ANA. No entanto, disputas políticas e manobras regimentais têm adiado a votação das indicações. Atualmente, algumas agências operam com diretores interinos há mais de dois anos, o que levanta questões sobre a capacidade de fiscalização e regulação do setor privado.
Quem ganha com a paralisação?
Enquanto os nomes são adiados, empresas privadas que operam serviços públicos continuam sem um olhar regulador firme. Isso não é novidade: como já denunciado, muitas agências atuam em favor das corporações, oftenignorando interesses dos consumidores e permitindo contratos bilionários sem questionamentos.
Uma crise que afeta todos
A ausência de leadership qualificada em agências reguladoras não é apenas um problema administrativo. É uma falha na democracia, onde o poder legislativo fracassa ao permitir que cargos estratégicos fiquem vagos por anos. O Senado, ocupado por interesses pessoais e partidários, parece mais preocupado em evitar discussões contundentes do que em garantir que os órgãos funcionem adequadamente.
Uma reflexão final
Enquanto isso, o Brasil continua a navegar em águas turbulentas, com crises políticas e institucionais que afetam diretamente a vida do cidadão. O adiamento das sabatinas pode ser visto como mais uma manifestação de um sistema cansado, onde as prioridades estão distorcidas e o bem público é submetido a interesses particulares.