Em um fevereiro de 2018, Elon Musk fez algo que transcendia o simples lançamento de uma fogueta. Ele mandou uma Roadster Tesla ao espaço, comandada pelo manequim Starman e acompanhada pela mensagem 'Don’t panic!', uma homenagem irônica a Douglas Adams e seu clássico O Guia do Viajante Galáctico.
Para muitos, foi apenas um disparate capitalista, um ato megalomaníaco de um bilionário. Para outros, foi algo profundamente enraizado na cultura pop e no humor absurdo que Adams tão bem representou. Musk, com seu jeito de empresário visionário, havia transformado a Metal Hurlant (ou Heavy Metal, no original) em um metáfora do século XXI: o espaço como novo campo de batalha para a divulgação da marca e a busca por glória eterna.
Dentro do veículo, além do livro de Adams, havia uma toalhinha de banheiro. Não era exatamente um item utilitário para viagens interestelares, mas sim uma lembrança de que mesmo no cosmos, o humor e a ironia continuam presentes. Como diria o próprio Guide, "a vida é uma coisa estranha, mas você nunca encontra uma toalha de banheiro em um lugar desses".
Musk não apenas homenageou Adams; ele reinterpretou sua obra para a era da tecnologia e das startups. É como se estivesse dizendo: "Vamos levar a loucura do espaço, mas com estilo – e uma dose generosa de autoironia".