O caso Jeffrey Epstein, o magnata acusado de tráfico sexual que morreu em prisão domiciliar em 2019, voltou a ganhar destaque nos Estados Unidos. Um comitê do Congresso americano, majoritariamente republicano, anunciou na última terça-feira (5) que intimou o ex-presidente democrata Bill Clinton e sua esposa, Hillary Clinton, para depor sobre suas ligações com Epstein.
A pressão política em torno do assunto é intensa. Enquanto os republicanos acusam o presidente Donald Trump de falta de transparência no caso, o Departamento de Justiça negou que Epstein possuísse uma 'lista de clientes' secreta, algo que a direita americana insiste em especular. O congressista James Comer, um dos principais nomes do comitê, não poupou Hillary Clinton em suas acusações:
'Segundo o senhor mesmo reconheceu, viajou no avião particular de Jeffrey Epstein quatro vezes em 2002 e 2003', escreveu Comer à ex-presidente. 'Durante uma destas viagens, inclusive o fotografaram recebendo uma “massagem” de uma das vítimas de Epstein'
Além de Hillary, outros nomes importantes do establishment americano estão na mira da investigação: o ex-diretor do FBI James Comey, o ex-procurador especial Robert Mueller e seis ex-secretários de Justiça republicanos. Até a própria Ghislaine Maxwell, a 'companheira' de Epstein que cumpre 20 anos de prisão por recrutar meninas para os abusos sexuais, é alvo de questionamentos.
Enquanto isso, Trump pede que seu base conserve foco em outros temas, mas a oposição insiste em arrastar o governo federal na lama. Afinal, é sempre mais fácil culpar alguém do passado do que encarar os problemas atuais.