Em um movimento que parece saído de uma novela empresarial, os imóveis da Rauen Industrial Madeireira vão a leilão a partir do dia 8 de agosto. A empresa, que por muitos anos foi sinônimo de sucesso no setor madeireiro de Santa Catarina, agora encara um momento definidor: pagar dívidas milionárias e liquidar um passivo que data de 2005.
Quatro lotes para leilão
A leitura dos bens disponíveis no leilão revela uma história em si. Entre os lotes está uma área rural de quase 25 hectares, com lance inicial de R$ 2 milhões, e um terreno urbano de 10 mil metros quadrados, avaliado em R$ 1,5 milhão. Outra área, destinada à preservação ambiental, é vendida por R$ 972 mil.
A ascensão e queda da Rauen
Fundada por José Alfredo Rauen, a empresa ajudou a impulsionar a urbanização de Mafra e chegou a empregar 600 pessoas. Foi uma época de glória, quando a Rauen atuava em多个领域, desde a serraria até a produção de madeira para cabos telefônicos.
Lições da história
A trajetória da Rauen é um espelho do próprio Brasil: a promessa de riqueza e crescimento que, muitas vezes, esbarra em desafios financeiros e judiciais. A empresa, que por anos foi referência no Norte catarinense, agora lida com a realidade de um passivo trabalhista de mais de R$ 37 milhões.
Para onde vai o dinheiro?
O leilão serve não apenas para vender imóveis, mas também para fechar um capítulo. Os recursos arrecadados serão usados para pagar dívidas, com prioridade para os direitos trabalhistas.