Em São Paulo, os entregadores enfrentam um desafio constante: a pressão de custos e o peso das rotas. Enquanto algumas empresas oferecem motos 110 cilindradas por R$ 690 mensais, com pagamento inicial de R$ 1.000, os números não enganam. Ao final de três anos, o entregador terá desembolsado quase R$ 25 mil para um veículo que sai por R$ 10 mil à vista.
Financiamento invisível – O contrato inclui licenciamento e impostos, mas a manutenção é自理. Alguns relatos apontam que a perda do veículo ocorre após três dias de atraso no pagamento. Enquanto isso, os motoboys ultrapassam facilmente 1.000 km por semana na cidade.
Para bicicletas elétricas, o custo é outro desafio. Um kit completo para transformar uma bike comum em elétrica sai por R$ 4.500. A recuperação desse investimento exige mais de 640 entregas – ou seja, quase dois meses ininterruptos de trabalho.
A lógica parece clara: quanto maior o esforço, menor o lucro. E a pressão pelo aumento das entregas só faz crescer o risco de acidentes e doenças entre os trabalhadores.
Entregadores de SP: o custo da moto que não sai do bolso


Enquanto isso, as empresas continuam oferecendo soluções que, na verdade, só aprofundam o problema. Que sistema é esse onde o custo da moto não sai do bolso dos entregadores?
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