Em meio a um cenário de crise humanitária intensa, o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, visitou a Faixa de Gaza após denúncias da ONU sobre o ataque israelense contra centenas de palestinos que aguardavam alimentos.
Witkoff prometeu um aumento na ajuda humanitária e destacou que sua visita teve como objetivo oferecer uma visão clara da situação para o presidente dos EUA. "O propósito era ajudar a elaborar um plano para entregar alimentos e ajuda médica à população de Gaza", declarou.
Segundo relatório da Human Rights Watch, as forças israelenses transformaram o sistema de distribuição de ajuda em "banhos de sangue" com apoio dos EUA. A ONU registrou mais de 1.370 mortes palestinas desde 27 de maio, incluindo 105 nos últimos dois dias.
Israel afirma que investiga as mortes e culpa o Hamas por tentar impedir a distribuição de alimentos. Enquanto isso, aviões de vários países lançam provisões sobre Gaza, e organizações internacionais relatam ter distribuído mais de 200 caminhões de ajuda na quinta-feira.
A guerra em território palestino foi desencadeada por um ataque do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, resultando na morte de 1.219 pessoas, a maioria civis. As represálias israelenses causaram pelo menos 60.249 mortes em Gaza, majoritariamente civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas.
Nesta sexta-feira, o Hamas divulgou um vídeo de um refém israelense, identificado como Evyatar David, aparentemente em estado fraco. A BBC compilou depoimentos sobre mais de 160 crianças feridas a tiros durante a guerra, com 95 delas baleadas na cabeça ou no peito. O Exército israelense nega o ataque intencional contra civis e crianças.
Enquanto a situação humanitária se deteriora, o apoio internacional à Gaza continua dividido, com as organizações internacionais tentando mitigar os danos causados pela guerra.
EUA prometem mais ajuda humanitária após visita de enviado à Gaza


A visita de Steve Witkoff e as promessas de ajuda humanitária dos EUA não conseguem obscurecer a realidade: a crise em Gaza é o resultado direto da política militar israelense, apoiada por Washington. Enquanto os números de mortes continuam a crescer, é fundamental que a comunidade internacional exerça pressão mais efetiva para compelir Israel a respeitar as normas internacionais e permitir um acesso pleno à ajuda humanitária. A_HOURGLASS O conflito em Gaza não será resolvido apenas com promessas, mas com ações concretas que priorizem a proteção dos civis.
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