Uma surpreendente descoberta foi registrada em Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina: um casal de antas-brasileiras (Tapirus terrestris) foi flagrado passeando pela Mata Atlântica conservada. Considerado o maior mamífero terrestre da América do Sul, o animal despertou a atenção do biólogo Gilberto Ademar Duwe, que capturou o momento em frente à sua armadilha fotográfica.
Segundo o especialista, a presença das antas na cidade é um indicativo de que o ecossistema local está funcionando bem. Em tom de brincadeira, Giba compartilhou nas redes sociais: "As antas são verdadeiras jardineiras da floresta: espalham sementes por onde passam, ajudam na regeneração da vegetação e ainda são super discretas… Até tropeçarem na frente de uma câmera, claro".
As antas-brasileiras, que podem pesar até 300 quilos, desempenham um papel fundamental na ecologia. Elas se alimentam principalmente de frutos, o que contribui para a dispersão de sementes e a regeneração da vegetação. Apesar de sua importância, a espécie é frequentemente associada erroneamente à 'burrice', uma visão que Patricia Medici, pesquisadora do IPÊ, desafia: "A ciência já mostrou que a anta tem um número elevado de neurônios. Associar o animal à 'burrice' é errado e afasta o interesse pela conservação de uma espécie em risco".
Ao registrar essa incrível cena, Giba Duwe não apenas nos lembra da beleza da natureza, mas também do quanto ainda temos para preservar. As antas, com suas enormes cabeças e olhos expressivos, são verdadeiros ícones da Mata Atlântica.
