Em meio à floresta, Françoise Serre Collet, ex-funcionária do Museu Nacional de História Natural, caminha com passos leves e silenciosos. Sua missão? Capturar imagens que mudem o olhar das pessoas para serpentes e anfíbios, criaturas frequentemente associadas a medo e repulsa.
Desde os 43 anos, Françoise dedica seu tempo a fotografar répteis e anfíbios. Sua jornada não é fácil: exige paciência, conhecimento profundo da natureza e, claro, sorte. Em uma manhã de primavera, ela persegue um par de coroneleiras lisas (pequenas cobras) pela mata, mas o resultado não sempre é garantido. "Zut!" exclama, demonstrando frustração diante da dificuldade de encontrar seu próximo modelo.
Apesar dos desafios, Françoise encontra prazer no trabalho. Ela observa a comportamento dos seres que fotografa, como os sapos verdes, cujos coros ela imita com perfeição. "Os machos saíram da hibernação desde março", explica, animada pela temporada de acasalamento.
Uma das suas maiores conquistas foi capturar um pequeno exemplar de vespertícia-áspic. "Ele está tentando fugir, não quer me atacar", afirma, com uma mistura de curiosidade e respeito pelo animal.
Essa história é mais do que a simples captura de imagens; é um testemunho da força da persistência e do amor pela natureza. Françoise prova que, com determinação, podemos mudar percepções e desafiar preconceitos.
