FreeBSD 15 traz instalador gráfico: uma evolução para os geeks

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Em um mundo cada vez mais dominado por interfaces gráficas, o FreeBSD finalmente se rende à pressão e traz uma opção de instalação gráfica para a versão 15. Para os amantes do sistema operacional que já passaram longas noites configurando drivers e ajustando linhas de comando, é um sinal de progresso — embora ainda haja muito o que melhorar.

Melhorias significativas vêm a caminho para o FreeBSD, especialmente na área de suporte a laptops. O projeto Laptop Support and Usability Project, patrocinado pela FreeBSD Foundation, promete revolucionar a experiência do usuário em dispositivos móveis. Além de melhorias no Wi-Fi e na gestão de energia, destaque para o suporte a GPU Intel Meteor Lake e a mais robusta gestão de estado hibernado.

Outra novidade que está chamando atenção é a possibilidade de configurar uma interface gráfica diretamente do instalador. Até então, o FreeBSD era sinônimo de terminal branco e muitas linhas de código. Agora, os usuários terão a opção de instalar o sistema operacional com um ambiente gráfico mínimo, baseado no KDE Plasma.

Apesar do avanço, a experiência de instalação ainda é bastante rudimentar — afinal, estamos falando do FreeBSD, não do Windows. O usuário terá que navegar por um menu de texto e, posteriormente, configurar drivers e outros componentes manualmente. Para os iniciantes, isso pode ser desafiador, mas é exatamente o que se espera de um sistema tão enraizado em seu DNA geek.

Os desenvolvedores prometeram que a próxima versão incluirá estas melhorias, permitindo que o usuário selecione uma opção gráfica e escolha os drivers necessários durante a instalação. A visão do futuro é promissora: um login gráfico em vez de um prompt de texto após a instalação.

Enquanto isso, os mais experientes podem questionar a escolha do KDE Plasma como ambiente gráfico padrão. Alguns sugerem que o FreeBSD deveria ter optado por algo mais leve e simples, como o Xfce. No entanto, para quem está acostumado com os minimalistas FVWM (OpenBSD) ou o ctwm (NetBSD), o KDE será uma melhora significativa.

Juliana Rocha

Juliana Rocha

Enfim, o FreeBSD parece ter entendido que os humanos também gostam de interfaces bonitas e fáceis de usar. Ainda assim, para os verdadeiros fanáticos por sistemas operacionais, a opção gráfica é apenas um passo em direção a uma experiência mais amigável — mas longe de perfeita.

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