Em um sábado qualquer no Parque Barigui, em Curitiba, Valdir Lunardi teve uma experiência que transcende o simples furto de uma moto. Ao estacionar seu veículo embaixo de uma câmera de segurança, ele depositava confiança na proteção tecnológica que, infelizmente, não existia. Na saída do evento, a surpresa foi desagradável: a moto havia sumido. Ainda pior: a câmera não funcionava, e os responsáveis demoraram para atender ao chamado de socorro.
Valdir, indignado, relata que chegou às 15h, estacionou com segurança aparente e só percebeu a ausência da moto às 19h. Ao tentar obter suporte, descobriu que a câmera estava desligada por problemas de energia elétrica. A demora na resposta e a falta de imagens tornaram o momento ainda mais angustiante.
Essa história não é isolada. Em Curitiba, a Muralha Digital, com mais de 2.100 câmeras, promete segurança, mas enfrenta desafios como falhas de conectividade e necessidade de manutenção. Enquanto isso, Valdir vê suas chances de recuperar a moto se esvair, vítima de um sistema que promete proteção mas freqüentemente falha.
A Prefeitura informou que providências estão sendo tomadas, e planos para integrar mais câmeras privadas ao sistema estão em andamento. Mas o caso de Valdir serve como lembrete: a tecnologia, por si só, não é suficiente. Sem manutenção constante e responsabilidade, ela pode virar um mero placebo de segurança.