Ministro do STF, Luiz Fux votou contra a imposição de medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica. Ele foi o único na Primeira Turma a divergir do ministro Alexandre de Moraes.
Fux argumentou que as medidas restringem desproporcionalmente direitos fundamentais, como a liberdade de ir e vir e a liberdade de expressão, sem demonstração concreta dos requisitos legais necessários.
Os demais integrantes do colegiado - Moraes (relator), Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia - haviam votado a favor das medidas na sexta-feira 18, coincidindo com a operação da Polícia Federal contra Bolsonaro.
A investigação apura suspeitas de financiamento de iniciativas que ameacem a soberania nacional e tentem interferir no Judiciário brasileiro. Moraes destacou a ousadia criminosa das ações de Bolsonaro, enquanto Dino comparou as medidas a um 'sequestro' da economia do país.
Cármen Lúcia, por fim, defendeu que as medidas eram adequadas para apurar os fatos descritos na denúncia do Ministério Público.