Em pleno século XXI, o mundo assiste a uma escalada silenciosa de um conflito que já dura há décadas. A recente expansão das operações militares israelenses no sul de Deir Al-Balah, anunciada em 20 de julho, marca mais um capítulo na história de dominação territorial sobre os palestinos. Hoje, apenas 12% do território da Faixa de Gaza permanece livre de ordens de evacuação ou presença militar israelense.
Para os 2,1 milhões de habitantes que ali vivem, a realidade se tornou um puzzle fragmentado. As zonas restantes são regiões segregadas, onde a vida cotidiana é marcada por precariedade e privações básicas. A reportagem do Le Monde, com cartas e imagens satélite, ilustra o drama de quem é forçado a viver em condições subhumanas.
Mais do que uma simples questão territorial, este é um conflito de identidade, de memória e de resistência. Enquanto as favelas brasileiras se tornam cada vez mais semelhantes às zonas de guerra, é impossível não fazer conexões entre a ocupação israelense e os problemas sociais que assolam o mundo todo.