Enquanto o mundo assistia com esperança a possíveis negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, o enviado dos Estados Unidos, Steve Witkoff, desistiu das conversas. Em Doha, os esforços mediadores fracassaram, culminando em uma decisão surpreendente: os EUA retiraram sua equipe do local.
Witkoff não poupou elogios ao grupo Hamas, acusando-os de serem 'egoístas' e 'incapazes de alcançar um acordo'. A postura dos palestinos foi considerada claramente hostil, o que levou os americanos a reconsiderar suas estratégias. Agora, Washington avalia alternativas para resgatar os reféns israelenses mantidos pelo Hamas.
Para muitos, a situação é emblemática da complexidade do conflito no Oriente Médio. Enquanto as negociações se arrastam há mais de duas semanas, a Faixa de Gaza sofre com uma crise humanitária sem precedentes. As organizações internacionais denunciam 'fome em massa' entre os residentes, vítima de um conflito que dura desde outubro de 2023.
Israel, por sua vez, mantém a pressão. Em pronunciamento oficial, o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu agradeceu aos esforços dos mediadores e destacou o papel do embaixador americano no processo. No entanto, o Hamas parece ter apresentado uma proposta que inclui a entrada de ajuda humanitária e a retirada das tropas israelenses de certas áreas.
Enquanto isso, a ministra israelense surpreendeu os internautas com um vídeo produzido por IA que retrata a Gaza como 'a Riviera do Oriente Médio', defendida incondicionalmente pelo presidente dos EUA, Donald Trump. A ironia não está longe de ser percebida: enquanto o conflito se arrasta, a realidade na região é bem diferente da pintura idílica apresentada.
