A jornada de Chelsae Michelle Jenner, uma influenciadora dos Estados Unidos, é um exemplo da delicadeza e complexidade da maternidade. Grávida de quíntuplos, ela teve que enfrentar uma das decisões mais difíceis que qualquer mãe poderia ter que fazer: escolher quais fetos manter para garantir a sobrevivência dos demais.
Uma gravidez cheia de desafios
Chelsae, que já era mãe de três crianças, decidiu ampliar sua família por meio de uma inseminação artificial. No entanto, a surpresa veio logo no início: um exame realizado com apenas cinco semanas de gestação revelou que havia cinco sacos gestacionais. Enquanto ela celebrava a notícia, os médicos foram categóricos: aquela não era uma boa notícia.
O obstetra que a acompanhava explicou que o corpo dela, com 1,50m de altura, simplesmente não tinha estrutura para suportar tanta carga. Além disso, a gestação provavelmente levaria os bebês a nascerem prematuramente, aumentando o risco de complicações sérias.
A difícil escolha
Diante desse quadro, Chelsae teve que escolher entre duas opções: manter a gestação completa e correr os riscos associados ou optar pela redução fetal, um procedimento que interromperia os batimentos cardíacos de alguns fetos para aumentar as chances de sobrevivência dos demais.
Inicialmente, ela recusou a oferta de realizar a redução fetal e passou semanas fazendo exames quase diários. No entanto, com o tempo, seu corpo começou a apresentar problemas: o coração acelerava em repouso, os rins e o fígado mostravam alterações. Na 8ª semana, um dos fetos já havia morrido.
Os desafios da maternidade
Apesar das dificuldades, Chelsae decidiu seguir com os quatro bebês restantes. No entanto, na 10ª semana, os médicos foram enfáticos: a chance de morte materna era de 60%, e a probabilidade de pelo menos um bebê nascer com deficiência ultrapassava 90%. Com tais números assustadores, o casal teve que se perguntar se estavam准备ados para lidar com tantas crianças prematuras.
A decisão final
Optaram por realizar a redução fetal na 12ª semana. O médico, com auxílio de ultrassom, inseriu uma agulha nos sacos gestacionais para cessar os batimentos dos fetos selecionados. Chelsae pediu que ele mantivesse aqueles que ela julgava terem mais chances de sobreviver.
O final da história
Após o procedimento, a gestação seguiu com vigilância intensa. Os bebês nasceram com 33 semanas e seis dias, apresentando-se saudáveis. No entanto, Chelsae nunca esquece os três que não estão mais aqui. "Eles são meus quíntuplos. Sempre serão", diz ela, enlutada.