Recentemente, a Internet Watch Foundation descobriu que as imagens de crianças vítimas de abusos sexuais, geradas por inteligência artificial, estão se tornando cada vez mais realistas e assustadoras. Enquanto há dois anos essas imagens ainda eram grosseiras, hoje elas são quase indistinguíveis das imagens reais, o que torna a situação ainda mais alarmante.
Com os avanços da tecnologia, é possível criar centenas de imagens em minutos, usando apenas um comando. Essa facilidade exacerbou o problema, permitindo que quase qualquer pessoa crie e compartilhe conteúdo perturbador sem ser identificada. O mais preocupante é que essas imagens são usadas para treinar modelos de IA, incorporando violências reais em cenários virtuais. Isso não apenas perpetua o sofrimento das vítimas como também cria um ciclo vicioso de exploração.
Estudos recentes mostram que 40% dos usuários do dark web afirmaram que após assistir a essas imagens, estariam dispostos a contactar crianças para abusá-las. Em um fórum da deep web, analistas encontraram mais de 143 imagens de crianças entre 3 e 6 anos e até bebês, com algumas classificadas como gravíssimas, envolvendo violência extrema.
Enquanto a tecnologia nos leva para um futuro cada vez mais conectado, ela também revela nossas piores inclinações. A geração de imagens por IA não é apenas uma ameaça técnica — é um espelho da nossa capacidade de transformar dor em entretenimento.