Apesar do esporte ser uma fonte de união e diversão para milhões, muitas vezes ele se torna um lugar hostil para quem tem necessidades especiais. O jogo entre o Cardiff City e o Peterborough United, disputado recentemente na Liga Um, foi mais uma prova disso. Enquanto os adeptos comuns se divertiam assistindo aos highlights no site da Sky Sports, os fãs cegos ou deficientes visuais enfrentaram um obstáculo: o reprodutor de vídeo Chrome não é acessível para eles.
É triste constatar que, em uma era onde a tecnologia deveria ser uma aliada do inclusivo, ainda encontramos barreiras como essa. O futebol, por ser um esporte popular e democrático, tem a responsabilidade de garantir que todos possam desfrutar das emoções dos jogos, independentemente de suas condições físicas.
Essa situação não é isolada; ela reflete um problema maior da sociedade. Muitas vezes, o acesso pleno é negado para aqueles que mais precisam. No Brasil, por exemplo, ainda estamos em um estágio inicial de implementação de tecnologias acessíveis, mas é essencial que avançamos nesse caminho para garantir que ninguém fique para trás.
Enquanto isso, o mundo do esporte continua a evoluir. Novas plataformas e tecnologias surgem, prometendo tornar a experiência dos torcedores cada vez mais imersiva. Porém, sem uma abordagem inclusiva, esses avanços não passarão de brinquedos para poucos.
É hora de repensarmos nossas prioridades e garantirmos que a tecnologia seja usada para unir, não para dividir. Afinal, o esporte é para todos — incluindo aqueles que enxergam o mundo de maneira diferente.
