Em um cenário econômico desafiador, onde a Selic está em 15% ao ano, os investimentos em renda fixa bancária continuam a ser uma opção intrigante para muitos brasileiros. Em julho, quem aplicou R$ 10 mil pôde alcançar uma renda de até R$ 546 em seis meses, conforme um estudo da Quantum Finance pedido pelo InfoMoney.
Os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) são os protagonistas dessa história. Foram emitidos 2.231 títulos, com destaque para as LCAs, que demonstraram um desempenho superior em quase todos os vencimentos analisados. Enquanto os CDBs mais curtos e mais longos ofereceram taxas médias acima do CDI, a maioria dos vencimentos de CDBs ficou abaixo da taxa de referência.
Para quem investiu R$ 10 mil em CDBs com vencimento em três meses, o lucro líquido foi de R$ 274,87. Porém, as LCAs pós-fixadas mostraram-se mais vantajosas, principalmente devido à isenção do Imposto de Renda, apesar de suas taxas nominais serem menores. Um exemplo: uma LCA com vencimento em três meses rendeu 89,14% do CDI, enquanto os CDBs ofereceram 98,59%. A diferença se torna ainda mais clara quando consideramos a longo prazo.
Para decidir entre um CDB e uma LCA, é essencial realizar o cálculo de 'gross up', que corrige a alíquota de IR dos títulos isentos. Usando as taxas médias de 36 meses como referência, os investidores puderam ver que as LCAs superaram os CDBs, mesmo com a redução da alíquota de IR para o mínimo de 15%.
Para aqueles que buscam segurança e rentabilidade, é crucial compreender que as LCAs, especialmente nas datas mais curtas, oferecem uma vantagem significativa. No entanto, os CDBs ainda têm seu lugar, principalmente em vencimentos menores. No final do dia, a decisão entre um e outro depende das estratégias de investimento e da tolerância ao risco.
