O Exército israelense anunciou, nesta quarta-feira (13), a aprovação de um plano para uma nova ofensiva na Faixa de Gaza. A decisão foi tomada poucos dias após o gabinete de segurança do governo israelense solicitar a tomada da Cidade de Gaza, a maior aglomeração palestina no território. De acordo com um comunicado militar, o tenente-general Eyal Zamir, comandante do Estado-Maior, aprovou 'a principal estrutura do plano operacional do Exército na Faixa de Gaza'.
Apesar da aprovação do plano, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ainda não divulgou um calendário para a entrada das forças israelenses na cidade. Enquanto isso, milhares de pessoas buscam refúgio em Gaza após fugir das ofensivas anteriores. A Defesa Civil de Gaza registra que os bombardeios aéreos intensificaram-se nos últimos dias.
A decisão israelense de expandir a guerra em Gaza, após 22 meses de combates, já provocou críticas internacionais e oposição interna. No Egito, uma delegação do Hamas se reúne com autoridades egípcias para discutir a possibilidade de uma trégua temporária.
Especialistas alertam para o risco de fome no território, onde Israel tem restringido drasticamente a entrada de ajuda humanitária. A escalada da guerra teve início em outubro de 2023, com um ataque do Hamas que desencadeou a atual onda de violência. Segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais, o ataque do Hamas resultou na morte de 1.219 pessoas, enquanto a ofensiva israelense já causou mais de 61.500 vítimas palestinas, conforme relatório do Ministério da Saúde de Gaza e confirmado pela ONU.