Em um contexto cada vez mais polarizado, a notícia do desligamento de Jennifer Peyton, juíza de imigração no Chicago, lança luz sobre um fenômeno preocupante: o aumento das demissões em massa de juízes de imigração desde a reeleição de Donald Trump.
Apesar de sua reputação intachable e avaliações de alto desempenho, Peyton foi dispensada sem qualquer justificativa, durante uma viagem de férias no Dia da Independência. Ela não está sozinha nessa situação: mais de 50 juízes, incluindo veteranos e recém-nomeados, foram afastados desde 2024.
Entre as teorias sobre o porquê desse fenômeno, surge a hipótese de discriminação de gênero e pressão política decorrente de decisões que não alinharam com a agenda do governo Trump. Peyton menciona ter sido rotulada como 'vigia官僚', incluída em uma lista de críticos pelo grupo de direita. Outros juízes, como Carla Espinoza, apontam desproporção no impacto das demissões sobre mulheres e minorias étnicas.
Enquanto isso, os tribunais de imigração, que já enfrentavam um backlog de 3,5 milhões de casos, vêm experimentando uma saída massiva de juízes: 106 desde janeiro, segundo a Federação Internacional dos Profissionais e Técnicos. Com isso, o ambiente de trabalho se torna hostil, com os juízes restantes sentindo-se ameaçados e incertos sobre seu futuro.
É crucial que a população saiba o que está acontecendo em nossos tribunais de imigração. A justiça, afinal, deve ser não apenas feita, mas também vista e compreendida.
Justiça sem rosto: O silêncio dos juízes de imigração


A notícia nos leva a refletir sobre os perigos da politicização da Justiça. Em tempos polarizados, é essencial que nossos juízes sejam protegidos de influências políticas, para que possam exercer seu trabalho com imparcialidade e integridade.
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