A nostalgia é um sentimento poderoso, especialmente na era da reboootização de sucessos do passado. 'King of the Hill', aquele sitcom que marcou gerações com seu humor ácido e personagens Complexo, finalmente voltou - e isso merece uma reflexão.
Em um mundo onde os atores envelhecem, as roupas.dativas e os cabelos mudam, a animação é um oásis de estabilidade. Hank, Peggy e toda família Hill retornaram para Arlen, Texas, como se o tempo nunca tivesse passado - ou melhor, como se ele tivesse sido freado por algum feitiço invisível. Enquanto outros programas lutam para manter a coerência cronológica, a animação tem a liberdade de ignorar os ciclos do tempo, criando um universo Where Nothing Has Changed.
A 14ª temporada trazia mudanças substanciais na equipe criativa - com Greg Daniels e Mike Judge ainda à frente, mas agora contando com Saladin K. Patterson como showrunner. Apesar disso, os personagens principais mantêm-se intocáveis: Hank é ainda aquele cara obcecado por gás propano, Peggy a mesma mãe entusiástica, pronta para arriscar.
O reboot teve que lidar com perdas significativas na equipe de dublagem. Jonathan Joss e Johnny Hardwick não estavam mais presentes, o que obrigou a produção a repensar como abordar seus personagens. Enquanto John Redcorn e Dale Gribble perderam parte de sua profundidade, Bobby Hill cresceu - literalmente e figurativamente -, introduzindo novas dinâmicas na família.
A temporada 14 teve um curto número de episódios (10 no total) e foi lançada diretamente no Hulu, em vez de seguir o modelo tradicional de emissoras de TV. Isso reflete não só a mudança do consumo de conteúdo, mas também as novas prioridades da indústria cinematográfica.
No final das contas, 'King of the Hill' é um exemplo de como a nostalgia pode ser uma força tanto para o bem quanto para o mal. Enquanto alguns fãs vibram com a chance de reviver personagens queridos, outros podem sentir que há pouco novo para oferecer - e é possível que ambos os sentimentos estejam presentes.